INTRODUÇÃO

Todos os anos, uma vasta área da América do Sul é atingida por fenômenos meteorológicos extremos, desde os pampas argentinos até as regiões centrais do Brasil. Normalmente esses fenômenos atingem com severidade áreas isoladas e na maioria das vezes, os acontecimentos tem pouca repercussão nos meios de comunicação, principalmente quando as áreas atingidas ficam longe dos grandes centros urbanos. Nos dias atuais, muito se ouve falar em ciclones extratropicais, nevascas e tornados no Brasil e até furacões, mas à poucas décadas atrás, esses fenômenos eram quase que desconhecidos pela maioria das pessoas.
Houve uma época em que quase ninguém acreditava na existência de "tornados", por aqui. As pessoas eram supersticiosas e, de uma certa forma, ignorantes. Quando viam que uma tempestade se formava, com raios e ventania, se fechavam dentro de suas casas, sem se preocupar em saber que tipo de fenômeno estava acontecendo do lado de fora, e os poucos que se arriscavam a ver, quando relatavam o que tinham observado, não tinham como "provar". Eram poucas as pessoas que dispunham de uma máquina fotográfica ou que se lembrasse de fotografar o fenômeno, no momento exato de sua ocorrência.
Aqui no sul, ou mesmo em outras partes do Brasil, qualquer acontecimento climático extremo, que envolvesse nos seus elementos chuva e vento destrutivo, era chamado de "vendaval". Tornados e furacões, eram tempestades que só ocorriam "nos Estados Unidos".
Bem, a tecnologia de hoje permite monitorar, fotografar e filmar a maioria dos eventos meteorológicos em qualquer parte do globo terrestre, e em questão de segundos, esses dados podem ser enviados até os meios de comunicação.
Finalmente: Todos os eventos climáticos extremos que conhecemos hoje, através de imagens ou noticiários, não são de maneira alguma, novidade dos dias atuais. A devastação das florestas primitivas, a poluição, a degradação do meio-ambiente, etc, apenas agravou os efeitos de algo que sempre ocorreu!

Carlos Campos

1/novembro/2012

domingo, 2 de dezembro de 2012

NEVASCA HISTÓRICA NO LITORAL DA ARGENTINA

15/julho/2010


   Uma intensa onda de ar polar deslocou-se sobre o território argentino durante a manhã e tarde do dia 13 de julho/2010, derrubando as temperaturas em diversas regiões.   Na cidade de Mar del Plata os ventos atingiram 60 Km/h no início da tarde do dia 13 e as temperaturas variaram entre 5 e 8°C, com ocorrência de precipitações em vários períodos.   No dia 14, as temperaturas declinaram ainda mais, ficando entre 1,5 e 7°C e choveu durante boa parte do dia, com um rápida queda de granizo às 14:45 h.
   Durante a noite do dia 14/julho, os termômetros na cidade balneária de Mar del Plata marcavam 2°C (21 h) e ainda ocorriam precipitações isoladas acompanhadas de vento oeste, mas foi no dia seguinte, 15/julho, que os moradores da cidade foram surpreendidos por algo raro na região:  As areias escuras da praia cobertas por uma camada de neve granular.   Algo parecido com granizo.   O fenômeno foi provocado pela baixa temperatura, que atingiu  0°C no início da manhã.   
   Embora a cidade de Mar del Plata esteja localizada na "zona temperada do sul", as ocorrências de neve são muito raras, devido ao efeito amenizador do oceano, mas algumas vezes a intensidade das massas de ar frio compensam esse efeito oceânico sobre as temperaturas das áreas costeiras.   Durante o dia 15 de julho, as temperaturas mais altas em Mar del Plata ficaram entre 4 e 6°C, verificadas no início da tarde.   Ao anoitecer, os termômetros já marcavam 2°C às 20 h.


Aspecto da orla da cidade de Mar del Plata, após a neve do dia 15 de julho de 2010.   A temperatura atingiu 0°C no início da manhã.
Foto:  Beckerle 



Localização da cidade no mapa.



Fonte:   "Weather Underground Mar del Plata"  

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

TROMBA D´ÁGUA EM ARAMBARÉ - RS

14/DEZEMBRO/2011


   A formação de um Vórtice Ciclônico sobre o litoral do Rio Grande do Sul, contribuiu para a ocorrência de tempo severo em diversas áreas do leste do Estado.
   A área mais afetada pela forte instabilidade atmosférica foi a região da Lagoa dos Patos, onde houve formação de nuvens funis e trombas d'água (tornado sobre uma grande superfície de água/lagoa/mar).
   Na localidade de Arambaré, foram registradas 2 ocorrências de trombas d'água durante o dia 14/dezembro.




Tromba d'água sobre a Lagoa dos Patos, em Arambaré - RS
Foto:  Fábio Raphaelli



O mesmo fenômeno, mas visto do extremo sul da Lagoa dos Patos (cidade de Rio Grande).   Foto:   Mateus Rocha - Jornal Agora



   No mesmo dia, na cidade de Capivarí do Sul, uma célula tempestuosa  deu origem à um pequeno tornado (nuvem funil), como pode ser visto na imagem abaixo:



Tempestade e nuvem funil, sobre Capivarí do Sul - RS
Foto:   Márcia Souza



As duas localidades, onde foram registrados os fenômenos, no mapa do leste do Rio Grande do Sul.



FONTES:   Jornais  "Correio do Povo"  e  "Diário Gaúcho" -RS

domingo, 25 de novembro de 2012

PRIMAVERA COM NEVE, NA SERRA CATARINENSE


25/setembro/2012


   Uma onda de frio atingiu a Região Sul do Brasil, provocando queda de neve nas localidades mais altas da Serra Catarinense.   As cidades onde o fenômeno ocorreu com maior intensidade foram Bom Jardim da Serra e São Joaquim, ambas situadas acima de 1.250m de altitude.

   Em Bom Jardim da Serra, a massa de ar frio fez a temperatura baixar à 5,6°C negativos (Morro da Igreja, 1.822m de altitude) e em São Joaquim, a menor temperatura atingiu 3,1°C negativos, na manhã do dia 26/09.
   Nevou na região serrana durante a noite do dia 25 e no início da manhã do dia 26/setembro/2012, mas a neve não chegou a acumular muitos centímetros no solo.



Neve em São Joaquim-SC, durante a noite de 25/setembro/2012.
Foto:  Vani Boza, agência RBS



Localização das cidades, no mapa.



   Segundo os meteorologistas, a neve deve ter atingido outros municípios da Serra do Sudeste-SC.



Imagem do topo das nuvens no final da noite de 25/setembro/2012.  (INMET)



Fontes:   "iG (internet Group)"  e  "Uou Notícias" .

TORNADO ATINGE O OESTE DE SANTA CATARINA

7/SETEMBRO/2009


   Um intenso núcleo de tempestade atingiu o município de Guaraciaba, oeste de Santa Catarina, durante a noite de 7 de setembro/2009, dando origem a um tornado (possivelmente um F3, pelos estragos causados). Às 21 h, os ventos derrubaram tudo que havia em seu caminho, causando destruição e pelo menos 4 mortes.



Núcleo principal da tempestade que originou o tornado de Guaraciaba-SC, na cor rosa, dentro do círculo azul.   Foto: Central de Meteorologia RBS.



Aspecto de uma das áreas atingidas pelo tornado.  
Foto:   SDR- São Miguel do Oeste-SC



Plantação de Eucaliptos após a passagem do tornado.
Foto:  Leomar Balbinot



Marca da destruição...   Foto:  José Carminatti



Outra imagem da destruição causada pelo tornado, por José Carminatti.



Estádio esportivo de Guaraciaba, parcialmente destruído.
Foto:  Diário Catarinense



Localização da cidade, no mapa.




Fonte:   "Diário Catarinense",  "Central de Meteorologia RBS"  e  "Panoramio.com" 
   

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

TORNADO ARRASA CIDADE DO RS



   29/AGOSTO/2005, POR VOLTA DAS 21:30 H
   LOCALIDADE:   MUITOS CAPÕES - RS


   Não seria necessário descrever o que houve no início da noite de 29 de agosto de 2005, na localidade de Muitos Capões, distante cerca de 270 km de Porto alegre.   As fotos ilustram bem a dimensão da tragédia causada por um tornado que praticamente varreu tudo o que havia em seu caminho.
   

Área urbana de Muitos Capões após o tornado.



Destruição total na área mais castigada pelo tornado.



Outra imagem da destruição.
Foto:  Itamar Aguiar



   Segundo os técnicos em meteorologia, que avaliaram os estragos e analisaram dados meteorológicos e imagens de satélite, o fenômeno que atingiu a localidade de Muitos Capões-RS foi um tornado F3, com ventos de até 200 km/h.



Aspecto da avenida principal da cidade, após a tempestade.



A localidade de Muitos Capões, no mapa.





   Fonte:   "Abaixo de zero"  e  "Metsul" 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

CÉLULA TEMPESTUOSA SOBRE ARARAS - SP



   25/outubro/2012 - Várias células convectivas (núcleos com potencial para tempestades) se formaram sobre o norte, noroeste e centro do Paraná e também sobre o oeste e norte de São Paulo, durante o período da tarde.
   Tempestades atingiram essas áreas, algumas com forte intensidade.   Foram observadas fortes descargas atmosféricas, seguidas de chuva intensa e ventos destrutivos em diversas regiões, como em Araras, nordeste de São Paulo. 


Forte descarga atmosférica em Araras, nordeste de São Paulo, na tarde de 25/10/2012.
Foto:  Marcelo Luiz Lombi



A cidade de Araras-SP, no mapa.



FONTE:   Alerta da Defesa Civil de Lins (no Facebook)

GRANIZO - ENCRUZILHADA DO SUL - RS




   Por volta das 17:30 h do dia 22 de março/2012, uma tempestade de granizo atingiu a localidade de Passo dos Rosas, interior do município de Encruzilhada do Sul-RS.
   Durando cerca de 20 minutos, a quantidade de gelo despejada das nuvens foi tanta, que cobriu a paisagem de branco, com 20 cm de espessura.   A faixa atingida pela tempestade, tinha 500 m de largura e podia ser vista à uma distância de vários km. 



A paisagem se modificou, no final da tarde de 22/março/2012 no interior de Encruzilhada do Sul. 
Em pleno início do outono, o granizo deixou a região com cara de inverno.
Foto:  Charles Echer


Outro aspecto da paisagem, coberta de gelo.   Foto:  Charles Echer


O município de Encruzilhada do Sul, pode ser visto no mapa.




FONTE:   BLOG GRUPO CULTIVAR - RS

TORNADO EM NOVA ANDRADINA - MS


   

   No final da manhã do dia 8 de dezembro de 2011, uma tempestade se formou no interior do município de Nova Andradina-MS, dando origem a um tornado.   A combinação da alta temperatura, umidade, e baixa pressão atmosférica, foram os principais fatores que originaram o fenômeno.
      O fenômeno não atingiu a área urbana e não causou estragos, pois sua ocorrência foi em uma área de campo.



O tornado atingiu uma área agrícola de Nova Andradina-MS.
Foto:  Rogério Ferreira




Localização do município, no mapa.




FONTE:   Jornal  "A TRIBUNA.com", de Santos-SP


   

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

FURACÃO CATARINA

    

          28/MARÇO/2004

   Era noite do dia 24 de março de 2004, quando vi as imagens do Catarina pela primeira vez.   Pela animação das fotos do satélite, mostradas na "previsão do tempo" do JN, dava pra perceber que o "ciclone extratropical" que se afastava da costa do Paraná, era incomum!   Lembro de ter comentado com minha esposa, que o sistema mais parecia um "furacão sem olho"...    Dois dias depois, o "olho" apareceu!

   Quando foi oficialmente anunciada a existência de um furacão, próximo à costa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, muitos não acreditaram que isso fosse possível, uma vez que não existem relatos sobre a ocorrência desse tipo de fenômeno em águas territoriais brasileiras, ou mesmo no Atlântico Sul.   Era algo inédito e completamente fora dos padrões climáticos (conhecidos, até então), e isso deixou muitas dúvidas à respeito do que realmente iria acontecer.   Alguns cientistas diziam se tratar de mais um "ciclone extratropical" bem desenvolvido, desses que se formam ao longo da costa brasileira, após a passagem de algumas frentes frias, e que provocam chuva e ventania no litoral do extremo sul do país.   Outros, afirmavam que era realmente um furacão... O fato é que na noite de sexta feira, 26 de março de 2004, numa coletiva de imprensa convocada pelo Palácio do Governo, o meteorologista Clóvis Corrêa anunciou oficialmente que um furacão estava a caminho e que já havia sido escolhido o "nome":  Catarina!
   
   Com o fenômeno identificado e as autoridades alertadas, iniciou-se um monitoramento 24 h por dia, para avaliar a evolução da tempestade, e à partir disso, decidir que medidas seriam tomadas como prevenção à segurança das pessoas nas cidades costeiras.   Nessa época, minha irmã, morando em Florianópolis-SC, contou que na ilha as pessoas foram aconselhadas a ficar em alerta durante a tormenta, vedando as janelas que ficassem de frente para o Atlântico e principalmente, não sair de suas casas sem necessidade.   Ventou e choveu torrencialmente na Ilha, mas o furacão atingiu as cidades ao sul, na divisa com o estado do Rio Grande do Sul.   

   Na noite de sábado, 27 de março, os ventos começaram a soprar na costa dos estados do RS e SC, aumentando sua força durante a madrugada e atingindo 180 km/h .   As localidades diretamente afetadas em Santa Catarina foram Araranguá, Criciúma, Laguna, Timbé do Sul, Turvo, Ermo, entre outras, enquanto que no Rio Grande do Sul, o município mais castigado foi o de Torres, mas muitas outras cidades registraram ventos com mais de 100 km/h e, no mar, as ondas chegaram a  5 m de altura.   Segundo moradores, foi a madrugada mais longa da história e ninguém conseguiu dormir.   Telhados inteiros foram arrancados e a água invadiu as casas.   Rios transbordaram e árvores centenárias foram arrancadas pela raiz.   No total, 33 mil pessoas ficaram desabrigadas e 40 mil edificações foram severamente danificadas.   As imagens, mostradas na televisão, eram impressionantes.   Foram oficialmente registradas 4 mortes.

   "Nos primeiros minutos da madrugada de domingo, nossa região foi abalada por um fenômeno nunca antes registrado no Brasil: o devastador furacão Catarina, menosprezado pelos inexperientes e teimosos meteorologistas brasileiros, que insistiam em afirmar que era um ciclone "suave", contrariando o alerta e as previsões dos cientistas norte-americanos, acostumados com esses fenômenos.   Com informações contraditórias, a população em geral considerou que "não ia dar em nada".   Não poderia se prevenir de algo que acreditava ser uma "besteira"... e as consequências vieram! "   -Padre Jorge Luiz, de Araranguá_SC

   "Até a hora em que eu estava consciente, o furacão foi terrível... Não tinha explicação, um vento tão forte.   A gente não sabia o que ia acontecer.   Estávamos trabalhando o dia inteiro, na roça, e não tínhamos tempo de ouvir a televisão ou o rádio.   Quando chegamos em casa, já era noite, ouvimos o JN que dava a entender que não havia perigo... Caíram duas árvores em cima da nossa casa e saímos correndo para a casa da vizinha.   Na hora em que o vento parou (olho do furacão), voltamos para casa pra buscar roupa de cama e agasalho.   A árvore que estava em cima da casa, com o vento que voltou, caiu em cima do carro e matou o meu marido.   A partir daí, eu não vi mais nada, porque desmaiei."   -Terezinha da Rocha Quirino, de Araranguá-SC

   "De repente, veio uma enorme calmaria.   A temperatura subiu e tivemos de tirar as blusas.   O céu ficou estrelado.   Formou-se uma sensação estranha de relaxamento e até sonolência.   Uns 40 minutos depois, numa fração de segundos, tudo se tornou um caos.   O vento levou nossas blusas.   Calculamos a velocidade em 180 km/h .   -Emerson Marcelino, Pesquisador do Grupo de Estudos de Desastres Naturais da UFSC/SC. 

   Os depoimentos, acima foram retirados do site:  Nat Brasil, sob o título: "O inesperado furacão Catarina".
   
   Alguns cientistas afirmaram categoricamente, logo após a passagem do furacão Catarina, que eventos dessa dimensão voltariam a se repetir em breve, em decorrência do aquecimento global.   É esperar, pra ver...



FURACÃO CATARINA



RASTRO DE DESTRUIÇÃO DEIXADO PELO FURACÃO CATARINA.




   Fonte principal:   "Nat Brasil"

domingo, 4 de novembro de 2012

TEMPESTADE DE GRANIZO EM GUARAPUAVA - PR



15/novembro/2010

   O distrito de Entre Rios, município de Guarapuava-PR,  foi atingido por uma violenta tempestade de granizo no final da tarde do dia 15 de novembro/2010.      
     Embora não seja incomum a ocorrência de tempestades durante a primavera, e algumas delas venham acompanhadas de queda de granizo, o que ocorreu na região foi algo assombroso.  Ruas ficaram cobertas por uma camada de até 20 cm de gelo, lavouras inteiras foram perdidas e a paisagem ficou parecida com as da Europa, logo após uma nevasca.


Aspecto do distrito de Entre Rios,  em Guarapuava-PR, depois da tempestade de granizo


   Durante a tarde do dia 15 de novembro, formaram-se núcleos intensos de nuvens com grande desenvolvimento vertical sobre a região centro-sul do Paraná.  Esses núcleos foram provocados pelo forte contraste das temperaturas entre o leste e o oeste do Estado associado aos altos índices de umidade do ar, que permaneciam sobre a região após a passagem de um sistema frontal.
   

Outra área do distrito de Entre Rios, atingida pelo granizo


O município de Guarapuava, situa-se numa altitude de 1.100 m acima do nível do mar e se localiza no centro-sul do Estado do Paraná



FONTE:  Centro de Inteligencia Agrícola Gerti,  C.I.A.G.

TORNADO EM SANTA BÁRBARA DO SUL - RS



28/julho/2012


Destruição provocada pelo tornado.   Santa Bárbara do Sul-RS
Foto:  Jair Keller



A célula tempestuosa que originou o tornado foi tão intensa, que pode ser visualizada pelo radar meteorológico do Simepar, no Paraná 


   Segundo uma criteriosa análise feita por meteorologistas da Metsul, através de fotos aéreas, confirmou-se que foi realmente um tornado F2 que atingiu a região de Santa Bárbara do Sul, noroeste do RS.   As fotos mostram claramente a faixa de destruição na área urbana e rural da cidade e tem cerca de 300 m de largura, sendo que não há um padrão linear,comum em tempestades tradicionais.  O rastro da destruição é relativamente errático, comum nas ocorrências de tornado.  A força dos ventos pode ter superado os 200 km/h 



Outra imagem da destruição provocada pela passagem do tornado em Santa Bárbara do Sul-RS

   

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

CÉLULA TEMPESTUOSA E TORNADO ATINGEM A SERRA DO RS



21/julho/2010

   
   Uma violenta tempestade se abateu sobre a região nordeste do Rio Grande do Sul, durante a noite do dia 21 de julho/2010.   A cidade mais castigada foi Canela, com cerca de 820m de altitude.  
Em alguns bairros, a força dos ventos chegou a 124 km/h, derrubando e retorcendo tudo o que havia pela frente.   Árvores de grande porte forram arrancadas do solo ou partidas ao meio, postes de energia foram derrubados e casas inteiras foram destruídas.  Segundo os meteorologistas, um tornado se formou sobre a região durante o início da tempestade e pelas imagens, pode-se ver que a força dos ventos foi realmente incomum:


Rastro da destruição causada pela passagem de um tornado, em Canela-RS em 21/julho/2010.   Foto:  AE


   
   Uma das evidências de que a região foi atingida por um tornado é o fato de que enquanto a estação meteorológica do INMET registrou ventos de 124 km/h, uma outra estação automática próxima, não registrou ventos muito intensos no mesmo horário.  Isso é comum durante episódios de tornados, uma vez que as áreas atingidas por esses fenômenos é estreita e a destruição acontece somente por onde o "funil" passar.   Provavelmente a força dos ventos pode ter superado os 150 km/h, pois não é possível verificar com exatidão qual a intensidade real dentro do tornado.   Cerca de 20 pessoas ficaram feridas.
   Ainda, segundo os meteorologistas, havia um contraste muito grande entre as temperaturas na região da serra (22°C) e áreas um pouco mais ao sul (12°C) e isso fez com que a tempestade adquirisse proporções monstruosas. 

Canela-RS, após a passagem do tornado.   Foto: Cleiton Thiele


   A cidade de Gramado, situada a poucos quilômetros de Canela, também foi atingida pela tempestade, porém os danos foram menores.


A cidade de Canela e também Gramado, podem ser encontradas na parte central do mapa




FONTE PRINCIPAL:  JORNAL O GLOBO

TEMPESTADE SEVERA EM BUENOS AIRES





4/abril/2012

   Uma das piores tempestades já registradas na Argentina, nos últimos anos, ocorreu no início da noite do dia 4 de abril de 2012.  A região mais castigada fica na área metropolitana de Buenos Aires, ao sul e oeste da capital.   No rastro da destruição, milhares de postes de energia foram derrubados pela força dos ventos, que em alguns locais atingiu 140 km/h.  Centenas de árvores foram arrancadas pela raiz, prédios desabaram, quarteirões inteiros foram arrasados e 17 pessoas morreram.  No bairro de Once, moradores disseram que prédios chegaram a balançar, durante a tempestade.
   Na capital, os ventos atingiram mais de 110 km/h, acompanhados de granizo severo.


Um dos bairros mais atingidos pela tempestade, na região metropolitana de Buenos Aires.  O cenário é bem parecido com aqueles arrasados por violentos tornados, nos Estados Unidos.  Foto: Telam


Mapa da província de Buenos Aires-Argentina.  As localidades duramente atingidas pela violenta tempestade são Morón, Merlo e Moreno e podem ser visualizadas


   Segundo o serviço de meteorologia local, o que ocasionou esse fenômeno, foi a passagem de uma frente fria de deslocamento rápido, que ao encontrar uma massa de ar mais quente e úmida, provocou a formação de núcleos de tempestade severa.  Esses núcleos acabaram se deslocando em direção nordeste e por fim atingiram alguns municípios do Rio Grande do Sul, com ventos de 100 km/h, causando destruição, porém de menor grau, em comparação ao que ocorreu na Argentina.

 FONTE: Jornal "El Dia"  (La Plata) e Metsul Meteorologia