INTRODUÇÃO

Todos os anos, uma vasta área da América do Sul é atingida por fenômenos meteorológicos extremos, desde os pampas argentinos até as regiões centrais do Brasil. Normalmente esses fenômenos atingem com severidade áreas isoladas e na maioria das vezes, os acontecimentos tem pouca repercussão nos meios de comunicação, principalmente quando as áreas atingidas ficam longe dos grandes centros urbanos. Nos dias atuais, muito se ouve falar em ciclones extratropicais, nevascas e tornados no Brasil e até furacões, mas à poucas décadas atrás, esses fenômenos eram quase que desconhecidos pela maioria das pessoas.
Houve uma época em que quase ninguém acreditava na existência de "tornados", por aqui. As pessoas eram supersticiosas e, de uma certa forma, ignorantes. Quando viam que uma tempestade se formava, com raios e ventania, se fechavam dentro de suas casas, sem se preocupar em saber que tipo de fenômeno estava acontecendo do lado de fora, e os poucos que se arriscavam a ver, quando relatavam o que tinham observado, não tinham como "provar". Eram poucas as pessoas que dispunham de uma máquina fotográfica ou que se lembrasse de fotografar o fenômeno, no momento exato de sua ocorrência.
Aqui no sul, ou mesmo em outras partes do Brasil, qualquer acontecimento climático extremo, que envolvesse nos seus elementos chuva e vento destrutivo, era chamado de "vendaval". Tornados e furacões, eram tempestades que só ocorriam "nos Estados Unidos".
Bem, a tecnologia de hoje permite monitorar, fotografar e filmar a maioria dos eventos meteorológicos em qualquer parte do globo terrestre, e em questão de segundos, esses dados podem ser enviados até os meios de comunicação.
Finalmente: Todos os eventos climáticos extremos que conhecemos hoje, através de imagens ou noticiários, não são de maneira alguma, novidade dos dias atuais. A devastação das florestas primitivas, a poluição, a degradação do meio-ambiente, etc, apenas agravou os efeitos de algo que sempre ocorreu!

Carlos Campos

1/novembro/2012

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

TEMPESTADE SEVERA EM BUENOS AIRES





4/abril/2012

   Uma das piores tempestades já registradas na Argentina, nos últimos anos, ocorreu no início da noite do dia 4 de abril de 2012.  A região mais castigada fica na área metropolitana de Buenos Aires, ao sul e oeste da capital.   No rastro da destruição, milhares de postes de energia foram derrubados pela força dos ventos, que em alguns locais atingiu 140 km/h.  Centenas de árvores foram arrancadas pela raiz, prédios desabaram, quarteirões inteiros foram arrasados e 17 pessoas morreram.  No bairro de Once, moradores disseram que prédios chegaram a balançar, durante a tempestade.
   Na capital, os ventos atingiram mais de 110 km/h, acompanhados de granizo severo.


Um dos bairros mais atingidos pela tempestade, na região metropolitana de Buenos Aires.  O cenário é bem parecido com aqueles arrasados por violentos tornados, nos Estados Unidos.  Foto: Telam


Mapa da província de Buenos Aires-Argentina.  As localidades duramente atingidas pela violenta tempestade são Morón, Merlo e Moreno e podem ser visualizadas


   Segundo o serviço de meteorologia local, o que ocasionou esse fenômeno, foi a passagem de uma frente fria de deslocamento rápido, que ao encontrar uma massa de ar mais quente e úmida, provocou a formação de núcleos de tempestade severa.  Esses núcleos acabaram se deslocando em direção nordeste e por fim atingiram alguns municípios do Rio Grande do Sul, com ventos de 100 km/h, causando destruição, porém de menor grau, em comparação ao que ocorreu na Argentina.

 FONTE: Jornal "El Dia"  (La Plata) e Metsul Meteorologia

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