INTRODUÇÃO

Todos os anos, uma vasta área da América do Sul é atingida por fenômenos meteorológicos extremos, desde os pampas argentinos até as regiões centrais do Brasil. Normalmente esses fenômenos atingem com severidade áreas isoladas e na maioria das vezes, os acontecimentos tem pouca repercussão nos meios de comunicação, principalmente quando as áreas atingidas ficam longe dos grandes centros urbanos. Nos dias atuais, muito se ouve falar em ciclones extratropicais, nevascas e tornados no Brasil e até furacões, mas à poucas décadas atrás, esses fenômenos eram quase que desconhecidos pela maioria das pessoas.
Houve uma época em que quase ninguém acreditava na existência de "tornados", por aqui. As pessoas eram supersticiosas e, de uma certa forma, ignorantes. Quando viam que uma tempestade se formava, com raios e ventania, se fechavam dentro de suas casas, sem se preocupar em saber que tipo de fenômeno estava acontecendo do lado de fora, e os poucos que se arriscavam a ver, quando relatavam o que tinham observado, não tinham como "provar". Eram poucas as pessoas que dispunham de uma máquina fotográfica ou que se lembrasse de fotografar o fenômeno, no momento exato de sua ocorrência.
Aqui no sul, ou mesmo em outras partes do Brasil, qualquer acontecimento climático extremo, que envolvesse nos seus elementos chuva e vento destrutivo, era chamado de "vendaval". Tornados e furacões, eram tempestades que só ocorriam "nos Estados Unidos".
Bem, a tecnologia de hoje permite monitorar, fotografar e filmar a maioria dos eventos meteorológicos em qualquer parte do globo terrestre, e em questão de segundos, esses dados podem ser enviados até os meios de comunicação.
Finalmente: Todos os eventos climáticos extremos que conhecemos hoje, através de imagens ou noticiários, não são de maneira alguma, novidade dos dias atuais. A devastação das florestas primitivas, a poluição, a degradação do meio-ambiente, etc, apenas agravou os efeitos de algo que sempre ocorreu!

Carlos Campos

1/novembro/2012

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

CÉLULA TEMPESTUOSA E TORNADO ATINGEM A SERRA DO RS



21/julho/2010

   
   Uma violenta tempestade se abateu sobre a região nordeste do Rio Grande do Sul, durante a noite do dia 21 de julho/2010.   A cidade mais castigada foi Canela, com cerca de 820m de altitude.  
Em alguns bairros, a força dos ventos chegou a 124 km/h, derrubando e retorcendo tudo o que havia pela frente.   Árvores de grande porte forram arrancadas do solo ou partidas ao meio, postes de energia foram derrubados e casas inteiras foram destruídas.  Segundo os meteorologistas, um tornado se formou sobre a região durante o início da tempestade e pelas imagens, pode-se ver que a força dos ventos foi realmente incomum:


Rastro da destruição causada pela passagem de um tornado, em Canela-RS em 21/julho/2010.   Foto:  AE


   
   Uma das evidências de que a região foi atingida por um tornado é o fato de que enquanto a estação meteorológica do INMET registrou ventos de 124 km/h, uma outra estação automática próxima, não registrou ventos muito intensos no mesmo horário.  Isso é comum durante episódios de tornados, uma vez que as áreas atingidas por esses fenômenos é estreita e a destruição acontece somente por onde o "funil" passar.   Provavelmente a força dos ventos pode ter superado os 150 km/h, pois não é possível verificar com exatidão qual a intensidade real dentro do tornado.   Cerca de 20 pessoas ficaram feridas.
   Ainda, segundo os meteorologistas, havia um contraste muito grande entre as temperaturas na região da serra (22°C) e áreas um pouco mais ao sul (12°C) e isso fez com que a tempestade adquirisse proporções monstruosas. 

Canela-RS, após a passagem do tornado.   Foto: Cleiton Thiele


   A cidade de Gramado, situada a poucos quilômetros de Canela, também foi atingida pela tempestade, porém os danos foram menores.


A cidade de Canela e também Gramado, podem ser encontradas na parte central do mapa




FONTE PRINCIPAL:  JORNAL O GLOBO

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